Num primeiro momento, o trabalho limitou-se a registrar, no caderno de anotações fornecido pela escola, comportamentos que me chamavam a atenção durante as aulas. Em função das condições inadequadas para a escrita – as mãos geralmente ocupadas com as crianças ou com materiais em uso nas aulas –, muitos registros ficavam ilegíveis. Por outro lado, quando efetuados depois de dispensar a turma, o que a memória retinha dizia mais respeito à conduta dos alunos do que ao seu progresso no desenvolvimento de habilidades motoras.
Tais informações deveriam, ainda, ser transpostas para o diário de turma, na parte reservada às Observações Periódicas de cada aluno e, ao final do semestre letivo, serviriam para elaboração do perfil de cada turma. Percebi, nesse momento, que o processo de consulta aos registros e transposição demandava mais tempo do que o disponível para tal – os horários de coordenação (quatro horas semanais).
A superação destas dificuldades foi a motivação para iniciar uma pesquisa-ação com o objetivo de desenvolver:
I. metodologia apropriada para diagnóstico sistemático do progresso individual dos alunos, selecionando instrumentos fidedignos e exeqüíveis;
II. procedimento de coleta, armazenamento e tratamento dos dados (documentação docente) compatível com as condições de trabalho.
Tendo em vista a complexidade do objeto de estudo e a inexistência de uma infra-estrutura de apoio à pesquisa no ambiente escolar, o projeto está sendo desenvolvido em etapas, conforme minha disponibilidade pessoal de recursos e tempo extraclasse. Os resultados que tenho a apresentar, embora parciais, são bastante animadores.
Um comentário:
Não há nada melhor que começar pelo começo ... Gostei e vou voltar!
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