Antes de começar, uma reflexão sobre o futuro

O novo ano letivo tem seu início na próxima semana. E como acontece a cada ano e cada vez mais velozmente, o mundo não é o mesmo... Entretanto, provavelmente (para não dizer com toda certeza) estaremos cumprindo o mesmo currículo de anos atrás e abordando os mesmos conteúdos, muitas vezes adotando os mesmos métodos.

Entre as questões levantadas por professores depois de minhas falas, tem emergido uma bastante perturbadora. Reagindo à discussão que levanto sobre a necessidade de eliminar certas coisas do currículo para abrir espaço para assuntos sobre o futuro, professores quase que invariavelmente surgem com algo como: ‘Mas e se a tecnologia falhar? O que nossas crianças farão, então?’ Por exemplo: ‘Faltou energia elétrica em uma loja, há alguns dias, e os trabalhadores não podiam devolver o troco.’ ‘Outro dia mesmo nosso ônibus quebrou na rodovia.’ ‘Você não leu a respeito do ataque cibernético à Estônia?’

Essa é a introdução do artigo Backup Education, de Marc Prensky, publicado no Educational Technology, Vol. 48, Nº 1, Jan-Fev 2008 (
acesso ao original em inglês) e disponível no site do Centro Esportivo Virtual (acesso à versão em português).

Consultor e desenvolvedor de jogos nas áreas de educação e aprendizagem, Prensky nos alerta que “Muitos professores vêem a educação como preparação das crianças para o passado, e não para o futuro”. Vale a pena conferir os argumentos dele. São igualmente perturbadores!

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